De que é feito um líder?
Em termos simples, um líder é alguém que lidera e orienta, focado em influenciar e inspirar as pessoas para o bem do grupo, ao passo que um chefe é, normalmente, o proprietário da empresa, focado no lucro, ou a pessoa responsável por um departamento, focada em tornar os processos de trabalho mais eficientes.
O conhecido optimista Simon Sinek disse uma vez que “a liderança não é um posto nem uma posição a atingir. A liderança é um serviço a ser prestado”.
Recuando um pouco (ou mesmo muito) no tempo, de acordo com Aristóteles, um líder eficiente deve primeiro ser um seguidor. Isto é, muito perspicaz, pois se compreender verdadeiramente o que é estar num grupo, saberá melhor do que ninguém o que as pessoas esperam e do que precisam, as suas preocupações e dificuldades, mas também o que se espera delas.
Por isso, para ser um bom líder, é importante ser também um bom seguidor.
Quando pedimos às pessoas que pensem em “líder”, muitas imaginam um executivo de fato e gravata, numa posição de chefia. Mas a liderança não tem nada que ver com a posição — qualquer pessoa pode ser um líder. Pensemos nos porteiros, recepcionistas, arrumadores, camareiras e empregados de mesa de um grande hotel. Não se trata de cargos do topo da hierarquia — na verdade, estão na base da pirâmide.
Mas o recepcionista deste hotel pode estar cheio de ideias para melhorar o funcionamento do seu grupo de trabalho e pode até ter um “dom” para a comunicação eficaz.
Pode inspirar e influenciar os seus colegas a melhorarem o seu desempenho, a lutarem pelos seus direitos ou a fazerem o que quer que seja necessário. Se ele consegue fazê-lo e os seus colegas o ouvem e actuam em conformidade, então ele é um líder e os seus colegas são os seus seguidores. Os líderes normalmente incutem confiança, dedicação e lealdade.
A liderança não tem nada que ver com um título ou uma designação, mas sim com inspirar e ter influência e impacto nos outros.
Por outras palavras, um verdadeiro líder promove relações saudáveis entre os membros do grupo e entre ele próprio e o resto do grupo, conduzindo-os como iguais, pelo exemplo, em direcção a objectivos comuns.
Estilos de liderança
Em 1939, o psicólogo Kurt Lewin identificou três estilos principais de liderança, que têm um impacto diferente nos membros da equipa. O seu trabalho também mostrou como os líderes obtêm resultados diferentes com estilos de liderança distintos. Os três principais estilos de liderança que identificou foram:
- Autoritário (Autocrático)
- Participativo (Democrático)
- Delegativo (Laissez-faire)
No entanto, num cenário de constante mutação em todos os domínios, em que tudo é moldado pelas inovações e disrupções tecnológicas, os dias da hierarquia e do autoritarismo já lá vão.
Para além de influenciarem os funcionários, os verdadeiros líderes também têm de ser capazes de influenciar as pessoas fora das suas empresas, tanto para criar, como para distribuir valor.
A liderança evoluiu para se tornar mais colaborativa e orientada para as pessoas, e os líderes devem ser mais flexíveis e adaptáveis do que no passado.
Actualmente, quando falamos de diferentes estilos de liderança, o leque é muito mais amplo:
- Liderança transformacional: altamente encorajadora e sustentadora
- Liderança Laissez-faire: delegativa; a forma menos intrusiva de liderança
- Liderança estratégica: requer visão, consciência competitiva e adaptabilidade
- Liderança de coaching: consciente e estimulante; motiva e apoia
- Liderança transaccional: baseada na comunicação das expectativas, na recompensa dos êxitos e na punição dos fracassos
- Liderança situacional: de acordo com cada situação ou equipa; proactiva e reconhecendo a mudança
- Liderança visionária: liderança afiliativa; centra-se nos objectivos futuros e a longo prazo
- Liderança democrática: participativa ou facilitadora; as decisões do líder são tomadas em consulta com a equipa
- Liderança autocrática: coerciva e autoritária; pode ser intimidante e frustrante
- Liderança burocrática: segue as regras; as decisões devem estar de acordo com a política da empresa ou com a prática anterior
Quais são as características de um bom líder?
Algumas pessoas são líderes natos, parecem ter nascido já com capacidades de liderança. Outras foram aprendendo ao longo do caminho, mas os bons líderes são certamente “feitos” e não “natos”.
É verdade que a liderança pode ser uma característica pessoal, mas um bom líder é quase sempre (também) formado, nem que seja autodidacta.
Existem imensos programas de formação em liderança, que abordam temas como:
- Resolução de problemas
- Planeamento e delegação de projectos
- Promover confiança e respeito
- Resolução de conflitos
- Lidar com a mudança
- Inovação de liderança
- Coaching para melhoria do desempenho
Mas este não é o foco do nosso artigo — queremos explorar de que é feito um bom líder e o que separa um líder de um chefe.
Apesar de termos já removido o autoritarismo da definição de liderança, é um facto que existem características comummente associadas a líderes e chefes.
Características como a determinação, a dureza e a coragem estão tipicamente associadas aos líderes, que devem estar preparados para tomar todo o tipo de decisões, mesmo enfrentando reacções adversas e críticas.
Mas competências como a inteligência emocional, que engloba a autoconsciência, a auto-regulação, a motivação, a empatia e as competências sociais, não são menos importantes.
A inteligência emocional (também conhecida como “QE”) é uma das chamadas “competências transversais” que pode ter um foco mais interno: como dizem por aí, conhece-te a ti próprio e melhorarás a tua inteligência emocional. Contudo, também é útil numa dinâmica de grupo. Trata-se também de observar como reagimos às pessoas e de aprender a reconhecer as suas necessidades e sentimentos.
Os verdadeiros líderes relacionam-se bem com os outros, compreendem o seu impacto nas outras pessoas e sabem como controlar os seus impulsos.
Valorizam as relações e dedicam algum tempo a conhecer os colegas de trabalho, os clientes, etc. a um nível mais pessoal, e são muitas vezes vistos como humanos e acessíveis, o que não diminui a sua autoridade, porque reforça o respeito. Por outro lado, conseguem sentir (e respeitar) quando colegas, clientes ou associados preferem manter a sua vida privada.
Outra “competência transversal” é a comunicação eficaz.
De que outra forma poderiam os verdadeiros líderes persuadir as pessoas a seguir a sua visão, a trabalhar com eles ou convencer as pessoas do seu valor?
É claro que comunicar eficazmente não é apenas falar — é também ouvir com atenção e respeitar. Um bom líder ouve os outros sem os interromper e não faz juízos de valor, respeitando as opiniões dos outros, mesmo que não sejam coincidentes. Se pedir a opinião dos outros, tê-la-á em consideração e as pessoas sentir-se-ão apreciadas.
Mas os verdadeiros líderes não se limitam a falar e escutar, também actuam e lideram pelo exemplo. Arregaçam as mangas e ajudam, apoiando e encorajando os colegas. E não esperam que os colegas de equipa assumam toda a responsabilidade pelas suas acções, também eles se responsabilizam pelas suas acções — se cometerem um erro, assumem-no.
Um bom líder tenta elevar os outros e ajuda-os a atingir todo o seu potencial. Investe nas pessoas e ajuda-as a melhorar as suas competências e a ganhar experiência, mesmo que tenha de as acompanhar em tarefas novas ou mais difíceis. Isto faz com que os outros também se sintam investidos no seu líder e na organização que ele representa.
A curiosidade é outra característica de um grande líder — porque a curiosidade é a base da aprendizagem, e a aprendizagem é que informará todas as outras competências.
Liderança “dura” versus liderança “suave”
A liderança dura é muito menos perceptível do que mandar.
Enquanto a liderança dura se centra na pressão, a liderança suave dá ênfase à persuasão e à transformação. Enquanto a liderança suave se foca nas tácticas, a liderança dura centra-se sobretudo na tarefa. Os líderes suaves são líderes centrados nas pessoas, enquanto os líderes duros são centrados em si próprios. Podemos dizer que os líderes suaves pensam fora da caixa, enquanto os líderes duros estão presos dentro da caixa.
O castigo e o amor utilizam ambos o poder, e o poder baseado no amor é muito mais permanente do que o baseado no medo.
Sempre que as tarefas são simples e claras, a liderança dura pode funcionar, mas se os processos forem um pouco mais complexos, é muito provável que exijam a paciência, a compreensão e a perseverança de um líder suave e empático.
Para nós, na Verbarium, a receita para uma boa liderança inclui uma pitada de inspiração, algumas colheres de orientação que deixam espaço para a iniciativa e criatividade dos outros, duas chávenas de empatia, uma chávena de flexibilidade e uma grande dose de dedicação, polvilhada com respeito mútuo.
Em suma, a “receita” para uma grande liderança tem muitas nuances e diferentes ingredientes, de acordo com as diferentes necessidades, tais como:
- visão
- comunicação
- curiosidade
- empatia
- compreensão
- sensibilização
- respeito
- capacidade de decisão
- objectivo
- coragem
- dedicação
- reciprocidade
- e responsabilidade!
A nossa CEO trabalha com a equipa — com as mãos “na massa” — em prol dos objectivos colectivos, inspirando as colegas da equipa a trabalhar arduamente e com sensatez, e a formar uma ligação emocional com aquilo que fazem, por forma a dar sempre o seu melhor.
Isto mostra que no interior de um chefe também pode haver um líder, e isto deve ser prioridade para aqueles que querem liderar eficazmente. O primeiro passo para se tornar um melhor líder, e um melhor chefe, é compreender as características que os distinguem.
O trabalho da nossa equipa de tradutores internos reflecte os recursos, as competências e os conhecimentos de cada um, que se complementam para concluir os projectos com êxito, exactidão e precisão. Mas o sucesso global depende também, em grande medida, dos ingredientes de uma liderança sólida.
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